16 de ago. de 2012

Amor Por Contrato


 
                      Capitulo 55 & 56 .


- Ei querida, chegamos. - dizia-lhe uma voz masculina, lhe beijando a bochecha.
Havia dormido.
Precisou de cinco segundos para realmente raciocinar e abrir os olhos.
-Oh, o que esta fazendo ? - ela perguntou se endireitando no acento enquanto ele lhe dava outro beijinho na bochecha
- Estou acordando minha esposa como ela merece. - ele disse parecendo achar divertido
- Eu já acordei. - ela disse totalmente envergonhada, alisando os cabelos quando ele ameaçou beijá-la de novo. Ele apenas riu.
- Vamos ? Ainda temos que pegar nossas malas.
Ela assentiu sem ao menos ouvir o que ele tinha dito.
Ainda custava a acreditar que dormirá tanto.
- Eu dormi o voo inteirinho ? - ela perguntou baixinho
- Sim, - ele riu – nem a turbulência que passamos lhe acordou.
- Tivemos uma turbulência ? - ela perguntou atônica e visivelmente nervosa
- Sim. Talvez tenha sido bom você dormir. Não adiantaria muito ficar apavorada.
- Eu estava mesmo com sono … - ela disse ainda mais baixo - …, desculpe
- Eu disse para você dormir. - ele disse enquanto saiam do avião – E foi até bom, descobri coisas … interessantes.
- Tipo ? - ela perguntou com súbito interesse o seguindo pelo saguão do aeroporto
- Que você faz biquinho quando dorme. - ele disse fazendo seu sorriso alargar-se mais
- Não faço não. - ela rebateu lhe dando um tapa no ombro
- Ah, faz sim. - ele disse parando em sua frente – É irresistível te olhar dormindo e não te beijar. - disse de repente em tom sedutor
- Pare com isso, estamos bem no meio de um aeroporto. - ela Falou, porem sua ordem pareceu descrente ate mesmo para os seus próprios ouvidos.
Arthur pareceu notar, pois riu e a abraçou mediante aos protestos.
- Já lembrou de que dia é hoje ? - ele perguntou em seu ouvido
- Não. - ela admitiu arrepiada – Quando você vai me falar ?
Ele sorriu e entrelaçou seus dedos com o dela, voltando a caminhar.
- Quem sabe mais tarde. - ele disse sorrindo, e algo na voz dele soou como uma armadilha para Lua.
Saindo da parte coberta do aeroporto eles finalmente se dirigiam ao carro que os esperava no estacionamento, já com as malas.
Com um sorriso gentil o motorista se apresentou brevemente e se prontificou em guardar as malas enquanto Arthur e Lua entravam no carro.

Assim que o motorista ligou o motor e arrancou o olhar de Lua ficou hipnotizado e maravilhado quando ao passar pelas ruas canadenses, notou como tudo era bonito sofisticado.
Por fim, alguns minutos depois o tour terminou, e eles estacionaram em frente ao hotel luxuoso que estampava cinco estrelas ao lado do nome em inglês.
- Nossa, que coisa linda. - ela disse ao descer do carro com a ajuda de Arthur
Ele apertou gentilmente sua mão e a puxou gentilmente pela cintura fazendo seus lábios se encostarem brevemente.
O beijo roubado deixara Lua em alerta, e foi quando ela pensou em xingar-lhe que ele disse olhando em seus olhos ;
- Bem vinda a Toronto Lua Aguiar, minha esposa. - disse com um tom malicioso.


                                             Capitulo 56


Todo o corpo de Lua lhe mandava avisos de perigo, mas ela decidiu ignorá-los, caminhando de mãos dadas com Arthur até a recepção do hotel :
- Boa noite. - o recepcionista foi logo falando atencioso – No que posso ajudá-los ?
- Temos uma reserva no nome de Arthur Aguiar.
O recepcionista sorriu e verificou no computador :
- Oh, sim, aqui esta um quarto em seu nome sr. Aguiar - disse quando o nome de Arthur apareceu na tela – Aqui esta sua chave - disse lhe alcançando-a – Espero que aproveitem a nossa suíte. - ele disse com um sorriso maroto
Um quarto ?! Lua arregalou os olhos, como assim somente um quarto no nome de Arthur ?!
Eles estavam unidos apenas por um contrato, e por mais que todos pensassem que eram marido e mulher isso seria de mais … Seu autocontrole não suportaria tanto!
Arthur agradeceu e esperou até que o carregador começa-se a andar.
Assim que ficaram a uma distancia considerável tanto do carregador quanto do recepcionista, Lua agarrou-lhe o braço e o puxou para baixo para poder lhe sussurrar no ouvido :
- Como assim um quarto Arthur ? - ela cochichou
- O que esperava ? Quartos separados ? - ele perguntou rindo – Por Deus Lua ! Esqueceu que todos pensam que estavam loucamente apaixonado? O que você acha que os canadenses pensariam ao saber que minha mulher não divide o leito comigo ?
- Eles nem saberiam … - ela retrucou parando de andar e cruzando os braços
- É claro que saberiam. As revistas estão loucas por um furo meu e acho que “ Arthur e esposa dormem separados” seria uma ótima matéria para a primeira capa, não ? - ele perguntou agora serio
- Você é muito dramático ! - ela rebateu
- Você é que é muito dramática. O que acha que eu vou fazer? Não sou o lobo mal Lua.
- Oh mais é claro que não o lobo mau comia vovozinhas. - ela disse irônico mas logo se arrependeu
- Então o que você acha que eu como? - ele perguntou com a voz carregada de malicia.
Lua sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo e antes que pudesse responder uma voz aguda os interrompeu : - OH, Arthur.
Ambos viraram ao mesmo tempo para ver quem era.
A Morena sorridente vinha animada na direção deles. Vestia uma vestido azul marinho curto, cabelo preso e maquiagem bastante forte alem da sapatilha dourada. Uma combinação … diferente.
- Enfim você chegou. - ela disse dando dois beijinhos na bochecha dele
Lua apenas observava a cena quieta, jurando a si mesma que a raiva que passará a sentir não era nada parecido com ciúmes. Notara que agora a expressão de Arthur era sorridente e ele parecia bastante descontraído.

- Deixe-me fazer as apresentações... - ele pediu assim que se soltou do abraço da Morena – Esta é minha mulher Lua, e esta é Perola minha secretária. - ele disse em tom inocente e virou-se para Lua a tempo de ver o ódio atravessar o olhar dela.
- É um prazer. - a Morena disse estendendo a mão.
Lua a cumprimentou de volta sem dizer nada e juntando todas as suas forças para sorrir.
Arthur a olhava curioso.
- Então você é a Perola ? - Lua teve voz para perguntar
- Sim. - a Morena assentiu
- Puxa, veja que engraçado. - Lua disse com um tom que apenas Arthur identificou como irônico – Pensei ter ouvido meumarido me dizer que você não vinha.
Para Perola não passará de uma observação. Porem para Arthur o recado havia sido enviado com êxito.
Ela estava morrendo de raiva naquele momento.

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Creditos: Shaianny Silva


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